Paleontólogos descobriram em Madagáscar um fóssil de um sapo gigante de 40,6 cm e 4,5 kg, que teria vivido há cerca de 70 milhões de anos entre os dinossauros na África. A descoberta foi publicada na passada terça-feira na revista científica “Proceedings of the National Academy of Science”. O sapo, com uma couraça grossa e com dentes, pode ter chegado a devorar dinossauros recém-nascidos, segundo os cientistas, liderados pelo paleontólogo David Krause, da Universidade Stony Brook (EUA). Desenho mostra o animal extinto ao lado de espécie de sapo africano. Os cientistas baptizaram o sapo gigante com o nome científico de Beelzebufo ampigna, mistura de latim e grego que quer dizer algo como "sapo diabólico". Os investigadores, que descobriram os ossos do sapo gigante no noroeste de Madagáscar, acreditam que este anfíbio pertence à família de sapos que hoje em dia vive na América do Sul. «Este sapo, se tinha os mesmos costumes que os sapos da mesma família de anfíbios na América do Sul, era bastante voraz. É possível, inclusive, que tenha devorado mamíferos, rãs menores e, levando em conta seu tamanho, até alguns dinossauros", explicou Krause. A descoberta dos vínculos familiares do sapo gigante com anfíbios similares na América do Sul lança uma dúvida sobre as teorias da divisão dos continentes. As teorias indicam que o que hoje é Madagascar foi separado da América do Sul pelo oceano durante a era em que o sapo gigante teria vivido.
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